quarta-feira, novembro 19, 2008

TARDE DE AUTÓGRAFOS




23/11/08, domingo, 15 h.
O cantor Lenine estará na Saraiva Mega Store Recife para autografar seu novo CD - LABIATA. A partir das 15 horas.






SARAIVA MEGA STORE SHOPPING RECIFE
Endereço:Rua Padre Carapuceiro 777 - Boa Viagem - Piso Padre Carapuceiro Recife - PE
Tel: (81) 3464-9393 / (81) 3464-9399

sexta-feira, novembro 14, 2008

A VIAGEM DO ELEFANTE


Chegou as livrarias o novo livro do escritor português José Saramago, A VIAGEM DO ELEFANTE.

O que você espera do novo livro de Saramago?

Você já leu? Comente?


Sobre o livro: Não é todo dia que aparece um elefante em nossa vida, muito menos chamado Salomão. Pois é este formoso e meigo paquiderme, nascido em Goa, transportado pelos mares a Portugal no século XVI, o herói da viagem que aqui se conta."Por muito incongruente que possa parecer...", assim começa o novo romance - ou conto, como ele prefere chamá-lo - de José Saramago, sobre a insólita viagem de um elefante chamado Salomão, que no século XVI cruzou metade da Europa, de Lisboa a Viena, por extravagâncias de um rei e um arquiduque.

O episódio é verdadeiro. Dom João III, rei de Portugal e Algarves, casado com dona Catarina d'Áustria, resolveu numa bela noite de 1551 oferecer ao arquiduque austríaco Maximiliano II, genro do imperador Carlos Quinto, nada menos que um elefante. O animal viera de Goa junto com seu tratador, algum tempo antes. De início, o exotismo de um paquiderme de três metros de altura e pesando quatro toneladas, bebendo diariamente duzentos litros de água e outros tantos quilos de forragem, deslumbrara os portugueses, mas agora Salomão não passava de um elefante fedorento e sujo, mantido num cercado nos arredores de Lisboa. Até que surge a idéia mirabolante de presenteá-lo ao arquiduque, então regente da Espanha e morando no palácio do sogro em Valladolid.

Esse fato histórico é o ponto de partida para José Saramago criar, com sua prodigiosa imaginação, uma ficção em que se encontram pelos caminhos da Europa personagens reais de sangue azul, chefes de exército que quase chegam às vias de fato, padres que querem exorcizar Salomão ou lhe pedir um milagre. Depois de percorrer Portugal, Espanha e Itália, a caravana chega aos estreitos desfiladeiros dos Alpes, que Salomão enfrenta impávido.

"A Viagem do Elefante", primeiro livro de José Saramago depois do relato autobiográfico Pequenas memórias (2006), é uma idéia que ele elaborava há mais de dez anos, desde que, numa viagem a Salzburgo, na Áustria, entrou por acaso num restaurante chamado O Elefante. Com sua finíssima ironia e muito humor, sua prosa que destila poesia, Saramago reconstrói essa epopéia de fundo histórico e dela se vale para fazer considerações sobre a natureza humana e, também, elefantina. Impelido a cruzar meia Europa por conta dos caprichos de um rei e de um arquiduque, Salomão não decepcionou as cabeças coroadas. Prova de que, remata o autor, sempre se chega aonde se tem de chegar.


Fonte: Sinopse Saraiva.

quinta-feira, novembro 06, 2008

PRECISAMOS FALAR SOBRE O KEVIN



Precisamos Falar Sobre o Kevin
Autora: Lionel Shriver

Este livro se resume em duas palavras: polêmico e fantástico! Precisamos Falar Sobre o Kevin, conta por meio de cartas a trajetória de uma mãe e de seu filho. As cartas são dirigidas ao pai do Kevin, um pai que fora ausente. Nas cartas a mãe relata fatos desde o início de seu casamento até o trágico dia em que seu filho, de apenas 16 anos resolve matar colegas, uma professora e um zelador da escola. Essa história já vimos antes nos noticiários, onde jovens norte-americanos, sem motivos aparentes resolvem matar.
No livro a escritora coloca em voga o lado da mãe do garoto, que sempre percebeu algo de maquiavélico na criança, desde quando ele era um bebe. Um bebe que assustava as babas. Pergunto-me se é realmente possível ver algo de mau em uma criança, já que em sua grande maioria, as crianças são travessas por natureza, não todas, mas uma significativa parcela. No entanto algo chamava a atenção naquela mãe.
Eva conta para o pai os vários fatos que a chamavam atenção, que para ele não passavam de travessuras de crianças ou de imaginação da mãe. Citarei apenas um, num determinado ponto da história o Kevin deixa cega sua irmã mais nova, para o pai, foi apenas um trágico acidente entre dois irmãos, mas para a mãe, não! Ela sabia que o seu filho tinha culpa do que aconteceu e ele sabia muito bem o que tinha feito. Eva faz um relato de toda a sua trajetória de vida ao lado do marido, suas dúvidas em relação ao trabalho, à maternidade e sua vida pessoal, e claro, questiona até que ponto ela teve culpa na criação do filho, o que o fez tornar um pequeno monstro?
Numa sociedade voltada para o consumo, para uma vida cheia de glamour, onde ser aceito pelos outros é ponto fundamental, ser reconhecido por algo é necessário, cria nos dias de hoje pessoas dispostas a fazer qualquer coisa para aparecer na mídia. Infelizmente alguns procuram a pior maneira para se tornarem “famosos”. Recentemente vimos algo trágico, um ex-namorado que matou sua “amada” em São Paulo, por um motivo banal. A mídia sensacionalista dos dias de hoje tem sua parcela de culpa, ela cria meios para que fatos como esse aconteçam e voltem a se repetir em breve.
Lionel Shriver traz para discussão fatos que levam pessoas a cometer atos tão impensados e indesejados.
Até que ponto a culpa é da mãe? As pessoas adquirem esses comportamentos malévolos ou é inato? E a grande pergunta é: É possível odiar um filho?
Precisamos Falar Sobre o Kevin é uma leitura recomendada para todos, vale a pena parar para pensar nos jovens que estamos criando nos dias de hoje.

segunda-feira, outubro 20, 2008

E-readers, vão substituir os livros?


O nome é Feira do Livro ("Frankfurter Buchmesse"), mas o maior evento editorial do planeta este ano deu amplo destaque àqueles que podem se tornar os algozes das páginas impressas entre duas capas: os "e-readers".

Leves e com capacidade para armazenar centenas ou milhares de livros, os aparelhos prometem tornar um formato relativamente antigo e impopular, o "e-book" (um é o conteúdo, outro é o aparelho), no novo padrão para o lançamento de textos longos.

Leia mais no link abaixo.

O AFRICANO


Autor: Jean-Marie Gustave Le Clézio.


Você já leu? Comente.



Este é um dos livros do novo vencedor do Nobel de literatura deste ano, o escritor francês, Le Clézio. O escritor, é o 14º autor da França premiado pelo Nobel. A premiação do francês Le Clézio confirma a recente tendência de euro-centrismo da Academia Sueca quanto ao Nobel de Literatura. Dos últimos 15 vencedores, 12 são europeus. As exceções foram o sul-africano J. M. Coetzee, premiado em 2003, e o turco Orham Pamuk, que venceu em 2006, ambos escritores com fortes laços com a Europa. O Nobel de Literatura só foi dado a quatro americanos: Toni Morrison, (1993) Saul Bellow (1976), John Steinbeck (1962) e Hemingway (1954).
Sobre o livro: "Com um olhar ao mesmo tempo terno e duro do passado, Le Clézio tenta capturar a enigmática figura do pai através das lembranças de uma infância ao mesmo tempo cheia de deslumbramentos, libertações e dureza.Em 1948, o autor, ainda menino, vai com sua família para a África, onde o pai era médico. Este reencontro gera um sentimento de estranheza, medo e fascínio. A narrativa vertiginosa acompanha a juventude do pai, os primeiros anos de casados dos pais na África, os anos 60 e as múltiplas tragédias do continente africano. A edição é ilustrada com fotos do acervo pessoal do escritor, reforçando figuras fundamentais de sua memória afetiva." Fonte: Sinopse Saraiva.com

quinta-feira, outubro 16, 2008

E-mail Clube da Leitura Saraiva

Através desse e-mail você pode enviar suas resenhas, críticas, análises e sugestões. Envie uma resenha de qualquer livro para ser publicada aqui no blog! Vale também críticas sobre cd's e dvd's, envio de textos e tudo que esteja relacionado a cultura.

Participe do blog! Seja um colaborador!

clube_leitura_saraiva@hotmail.com

quarta-feira, outubro 15, 2008

Lançamento na Saraiva Mega Store Recife




27/10, segunda feira, 19h


Lançamento do livro Laowai, Histórias de uma Repórter Brasileira na China, da jornalista Sônia Bridi - Editora Letras Brasileiras.


Misto de reportagem e diário de viagem, Laowai narra a permanência do casal Sônia Bridi e Paulo Zero na China entre 2005 e 2006. O grande choque cultural e as experiências da jornalista narrados com olhar perspicaz de repórter e viajante experiente sob uma perspectiva feminina, o que dá ao relato um sabor especialíssimo!
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sábado, outubro 11, 2008

CLUBE DA LEITURA SARAIVA

NOTA: Esse não é um blog autorizado pela Livraria e Papelaria Saraiva S/A, e todas as opiniões expressas aqui são opiniões pessoais de quem as escreveu não expressando de forma alguma as da Livraria e Papelaria Saraiva S/A.

quinta-feira, outubro 09, 2008

O CRIME DO PADRE AMARO


O Crime do Padre Amaro

Eça de Queirós


Por: Remisson Aniceto


Qual o crime cometido pelo jovem padre Amaro? O de ter se apaixonado pela bela Amélia? E se o crime tem uma agravante, qual a pena a ser-lhe aplicada por tê-la engravidado?

Eis um livro que deve ser lido com muita atenção, pacientemente, para o leitor não perder detalhes de como o autor retrata a hipocrisia e a promiscuidade da sociedade portuguesa na segunda metade do século XIX, especialmente dos representantes da igreja católica.

Para instigar a curiosidade dos futuros leitores, vale ressaltar algumas passagens do romance, como a cena da refeição dos padres à mesa da S. Joaneira, discutindo banalidades e a vida alheia, as qualidades e defeitos dos homens e das mulheres, a vida dos pobres("azar o deles") e os "arranjos" para conseguir dinheiro com os políticos.

Amélia, diante da impossibilidade de se casar com seu querido Amaroe para não "cair na boca do povo", é convencida a se preparar para contrair núpcias com o escrevente João Eduardo. João Eduardo que, num horrível sonho de Amaro, adquire as feições do Diabo, impedindo o padre de continuar com sua amada Amélia o caminho para o Céu. E Amaro também vai se enredando cada vez mais numa teia de mentiras para manter as aparências, chegando ao absurdo de desejar que o filho nasça morto.

Há trechos maravilhosos como o seguinte: "Diante de Nosso Senhor, o verdadeiro marido de Amélia era o senhor pároco; era o marido da alma, para quem seriam guardados os melhores beijos, a obediência íntima, a vontade; o outro teria quando muito o cadáver..."Ou ainda quando o severo Dr. Gouveia, descobrindo por fim o estado de Amélia, diz: "Eu bem tinha dito a tua mãe que te casasse!" e, resignado, complementa: "A natureza manda conceber, não manda casar.O casamento é uma fórmula administrativa..."Não consumado o casamento por desistência do escrevente, tenta-se deseperadamente conseguir outro noivo antes que Amélia dê à luz ao fruto proibido.

Fosse eu enumerar todas as partes maravilhosas deste livro e o reescreveria por completo. Fica, assim, a indicação da leitura de um dos grandes romances de Eça de Queirós, um verdadeiro documento humano e social da sociedade portuguesa de então: O Crime do Padre Amaro.

quarta-feira, outubro 08, 2008

O DESPENHADEIRO



O DESPENHADEIRO
Autor: Fernando Vallejo.


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Quando peguei esse livro para ler não pensava que ele fosse me provocar o que me provocou: medo! Isso mesmo, medo! Como sou cristão, o livro me despertou um certo temor. No entanto deixei de lado meus pensamentos pré-estabelecidos para viajar numa leitura que eu diria que é de primeira. Logo no início do livro me espantei com as palavras de Vallejo. “ Que Deus! Que pátria! Imbecis! Deus não existe, e, se existe, é um porco e a Colômbia, um matadouro.” Por aí você tem uma idéia do que vai encontrar nas próximas páginas. Um autor: irônico, debochado, sarcástico, cruel, preconceituoso e arrogante! Mas tudo isso se deve a uma visão clara e crítica da vida. A vida não é fácil, e sabemos o quanto é difícil expressarmos o que realmente sentimos, por medo de magoarmos as pessoas ou atiçar as instituições. Vallejo parece que não tem medo de nada, e fala o que pensa sem nenhum pudor, você gostando ou não ele vai falar e parece que não está nem aí para o que você vai achar dele.
Se o Index da Igreja Católica ainda existisse, esse livro certamente estaria entre os 10 mais! Dez mais hereges, satânicos e proibidos de toda a literatura universal! Em O Despenhadeiro, Fernando Vallejo despeja com fúria, sua ira contra as instituições da sociedade, não escapando quase nada. Retrata uma família burguesa destroçada, uma sociedade violenta, uma politica mesquinha e corrupta, e claro, a Santa Igreja Católica Apostolica Romana. Quando retrata a política colombiana, chego a pensar que ele está falando sobre nossa política. Nada escapa! Ele trata sua mãe como “a louca” seu irmão mais novo como “o grande cretino” ou “aborto da natureza” e o Papa João Paulo II como “Joana Paula Segunda a travesti” (Será que a Igreja vai mandar fechar esse blog??!! DEUS nos livre!)
A história é a seguinte: Ele volta à Colômbia para visitar o irmão Darío, que está morrendo de AIDS, deste ponto ele parte para suas lembranças do passado, sua infância suas aventuras junto com o irmão e sempre fazendo uma ponte com o presente. E entre essas lembranças ele começa a falar de tudo: de drogas, sexo, família, política, religião, da vida! Da real vida que vemos dia a dia. O livro é autobiográfico.
Segundo palavras de Pedro Almodóvar (outro polêmico): “Sua ira explosiva é tão brilhante, tão sonora, real, sincera, às vezes divertida, quase sempre cruel, que sua leitura é algo prazeroso e estimulante.”
“O Despenhadeiro nos mostra Vallejo em seu auge criativo. Seu estilo único surpreendente desde as primeiras páginas, seja pela franqueza com que fala da família, pelas descrições de uma violenta Medellín ou pela ironia com que trata tudo, da religião católica aos hábitos mais comuns da sociedade. É um livro impressionante, de um dos autores mais originais de sua geração.”
“O Despenhadeiro é um impressionante relato do desmoronamento de uma família em meio a um país em transformação.”
Transcreverei aqui um trecho que me deixou engasgado, devido a suas palavras ásperas e crueis. Nesse trecho ele está comentando sobre seu irmão e sua nora que tem um canil com quinhentos cachorros e duzentos gatos!
“ Para mim os cachorros são a luz da vida, e, aos que perguntam maliciosamente ao meu irmão e à Norita por que em vez disso eles não tiram das ruas crianças abandonadas, respondo assim, com as seguintes palavras textuais e delicadas:
-Quantas vocês tiraram, cristãos bondosos, alminhas caridosas, filhos de uma grande puta? Se são vocês mesmos que as geram e as parem e as jogam depois na rua!
E consequentemente comigo e com meu rigor dialético, reparto entre os acima referidos camisinhas envenenadas, e entre seus filhinhos abandonados barras de chocolate idem, para que esses fi-de-putinhas não cresçam e não nos venham a matar. Em toda criança há um homem em potencial, um ser perverso. O homem nasce ruim e a sociedade o piora. Por amor à natureza, pelo equilíbrio ecológico, pela salvação dos vastos mares, é preciso acabar com essa praga.
Ah, já ia esquecendo: enquanto Aníbal e Nora limpam dia e noite a merda de quinhentos cachorros e duzentos gatos e suportam sozinhos, sem ajuda de ninguém, uma imensa carga de dor, Joana Paula Segunda, a travesti, dorme muito bem, come bem, trepa bem, e assim, com a consciência tranquila, bem dormida, bem comida, bem trepada, em meio a uma nuvem de anjinhos com duas asas, esta besta vai impune rumo ao céu do Todo-poderoso. Ali Agca, seu fi-da-puta, por que não acertou a pontaria?”
Mesmo assim, com todas essas palavras, é um livro excepcional! Acredito que são poucos os autores que falam desse e de outros temas com tanta segurança e sem pestanejar e temer com a opinão dos outros.
Fernando Vallejo é colombiano, mas vive no México. Escreveu O Despenhadeiro em 2001 e ganhou o prêmio Rómulo Gallegos de 2003.




LoyzCarlo_MegaRecife.

sábado, outubro 04, 2008

PEQUENAS EPIFANIAS

O BEIJO DO VAMPIRO

Estacas! Alhos! E bugalhos! Chega as livrarias o maior fenômeno de vendas adolescente depois de Harry Potter, Rebeldes, High School Musical, Chispita, Chaves, Meg Cabot, Nora Roberts... ops! A Nora é da outra geração, mas enfim ... a saga Twiling. Como segundo livro da série, Lua Nova, a autora Stephenie Meyer se consagra como uma das mais cativantes escritoras do momento. Mas o que tem de tão interessante em Crepúsculo, exceto o fato de que a autora é uma mórmon que escreve aventuras juvenis? Um vampiro, oras! Isso mesmo um vampiro moderninho, lindinho, cheirosinho, bonzinho e tudo inho ... aí já viu né ? Mas vamos falar de realmente quem interessa: seu papai e sua mamãe Rice.
Tudo começou em 26 de maio de 1897, quando o escritor irlandês Bram Stocker resolveu dar vida literária à lenda vampiresca de Vlad Tepes, conde romeno que lutou na guerra turca, teve a noiva assassinada, renegou a Deus e por isso tornou-se o primeiro vampiro errante a vagar pela terra. Stocker se inspirou nos conhecidos e “reais” príncipes Vlademir II e Vlademir III, mais conhecidos como Vlad Dracul e Vlad Draculea (vem daí o termo “Drácula”) que governaram a Romênia no século XV e se tornaram mundialmente conhecidos devido à barbaridade e crueldade com que conduziram seu reinado. Até hoje na Transilvânia, aldeões supersticiosos dizem escutar os gritos das vítimas de Vlad III, que adorava comer enquanto seus inimigos eram empalados.
Como toda boa mãe, Anne Rice “humanizou” a figura do vampiro, dotando-os de beleza, sedução, qualidades, paixões, defeitos e até um certo “fardo” por ser imortal. Lestat de Lioncourt, seu vampiro mais conhecido e personagem principal de várias crônicas vampirescas, é um misto de galã medieval francês (sim o personagem é francês de Auvergne) como David Beckham (loiro e de boa aparência) . Filosofo e meio homossexual (ele afirma ter “medo” das mulheres). Lestat enfrenta séculos de aventuras lutando contra vampiros inimigos, tendo amantes (homens!) e por fim se tornando um metrossexual líder de uma banda de rock, no livro A Rainha dos Condenados.
Filhinha Meyer é apenas uma, das inúmeras escritoras que bebem e ainda beberão na enigmática e misteriosa fonte vampiresca, que além de ser bem rentável (adaptações para cinema,musicais, peças teatrais, etc.) atrai uma espécie de leitor fiel e apaixonado, capaz de seguir séries intermináveis por anos a fio. E que venha o Eclipse, o Breaking Down e o Midnight Sun.
Milena_MegaRecife.

segunda-feira, setembro 29, 2008

HOMENS E CARANGUEJOS


Homens e Caranguejos

Autor: Josue de Castro

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A maioria de vocês com certeza já ouviu falar deste livro, "Homens e Caranguejos" do Josué de Castro. Ou talvez o "Geografia da Fome", esse bem mais conhecido, sem dúvida.

Mas o motivo pelo qual escrevo sobre o primeiro, foi o acordar brusco de uma realidade tão perto de nós e que fazemos questão de ignorá-la que o texto alerta. Aos que moram neste Recife tão bonito aos olhos dos visitantes, mas alheio ao mar de miséria que seus mangues acolhem.Se a idéia de ler um livro cujo assunto central e único seja a descoberta da fome não lhe atrai, leia ao menos o prefácio que a meu ver vale o livro sem tirar uma só palavra. Aqui eu deixo um pequeno trecho dessa introdução que pra mim foi a descoberta deste livro.

"Nas terras pobres e famintas do Nordeste brasileiro, onde nasci, é hábito servir-se um pedacinho de carne seca com um prato bem cheio de farofa. O suficiente de carne — quase um nada — para dar gosto e cheiro a toda uma montanha de farofa feita de farinha de mandioca, escaldada com sal. Foi, talvez, por força deste velho hábito da minha terra que resolvi servir ao leitor deste livro muita farofa com pouca carne..."

"O tema deste livro é a história da descoberta da fome nos meus anos de infância, nos alagados da cidade de Recife, onde convivi com os afogados deste mar de miséria..."

"A impressão que eu tinha era que os habitantes dos mangues — homens e caranguejos nascidos à beira do rio — à medida que iam crescendo, iam cada vez se atolando mais na lama..."


Patricia_MegaRecife.

quinta-feira, setembro 25, 2008

A CHAVE DE SARAH


A Chave de Sarah

Autora: Tatiana de Rosnay


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Nessa nova leva de livros de guerra, uma boa pedida é A Chave de Sarah. O livro é ambientado na França de 42 e na França de 2002, e conta paralelamente a história de Sara, uma menininha que sobreviveu ao horror do holocausto, mas teve que conviver por toda a vida com seus fantasmas internos, inclusive o fato de ter trancado o irmãozinho no armário pensando se tratar apenas de uma brincadeira, quando a polícia francesa resolve deportar todos os judeus aos campos de concentração e de Julia, uma jornalista americana radicada em Paris, que é contratada para fazer uma reportagem comemorativa sobre os 60 anos do Vel d'hiv, como o fato é conhecido na França. Entre suas pesquisas, ela vai se aprofundando cada vez mais no íntimo dessa história nefasta, ao ponto de mudar a vida de todos que a rodeiam, e sua própria e a dos descendentes de Sarah.

nota: 9


Milena_Mega recife

quarta-feira, setembro 24, 2008

SAMBA MEU - DVD





Você já viu?


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Chegou o novo DVD da cantora Maria Rita, Samba Meu, mesmo nome dado ao cd lançado em 2007. No dvd assistimos aos grandes sucessos da cantora do 1º e 2º cd's e nos deleitamos com os sambas criados para o 3º cd da carreira desta cantora, que é hoje uma das melhores do Brasil. Ainda não vi o dvd na integra, mas acredito que seja um show de primeira, não vi o dvd, mas vi o show ao vivo este ano aqui em Recife. Atenção para os detalhes dos cenários, me recordo de um pano de fundo azul com imagens sacras que me deixou por uns instantes a parte do show e esqueci que estava ali para ouvir boa música e não para admirar cenários!! Mas tudo bem, faz parte do show! É que era tudo muito bom: as músicas, os músicos, os cenários, o clima de festa, as pessoas cantando juntas as músicas, enfim!


O set list do show é ótimo! em especial canções como: Tá Perdoado, O Que É O Amor, Muito Pouco, Caminho das Águas, Pagu, Corpitcho... (tá bom, se deixar falo do set list todo!!) Já perceberam que sou fã, ? Então opinem.
Olha o cenário que falei aí! Perfeito!
Loyz_Mega Recife.

terça-feira, setembro 23, 2008

50º Prêmio Jabuti

Divulgados os vencedores do 50º Prêmio Jabuti de 2008. Vejam algumas categorias:

Melhor Livro de Romance
1º lugar - "O Filho Eterno", de Cristovão Tezza (Record)
2º lugar - "O Sol se Põe em São Paulo", de Bernardo Teixeira de Carvalho (Cia. das Letras)
3º lugar - "Antônio", de Beatriz Bracher (Editora 34)

Melhor Livro de Poesia
1º lugar - "O Outro Lado", de Ivan Junqueira (Record)
2º lugar - "O Xadrez e as Palavras", de Marcus Vinicius Teixeira Quiroga Pereira (edição do autor)
3º lugar - "Tarde", de Paulo Fernando Henriques Britto (Cia. das Letras)

Melhor Livro de Contos e Crônicas
1º lugar - "Histórias do Rio Negro", de Vera do Val (Martins Fontes)
2º lugar - "A Prenda de Seu Damaso e Outos Contos", de Jorge Eduardo Pinto Hausen (edição do autor)
3º lugar - "Fichas de Vitrola", de Jaime Prado Gouvêa (Record)

Melhor Livro de Reportagem
1º lugar - "1808", de Laurentino Gomes (Planeta do Brasil)
2º lugar - "O Massacre", de Eric Nepomuceno (Planeta do Brasil)
3º lugar - "Bar Bodega: Um Crime de Imprensa", de Carlos Dorneles (Globo)

Melhor Livro de Biografia
1º lugar - "Rubem Braga: Um Cigano Fazendeiro do Ar", de Marco Antonio de Carvalho (Globo)2º lugar - "D. Pedro II", de José Murilo de Carvalho (Cia. das Letras)
3º lugar - "O Texto ou a Vida", de Moacyr Jaime Scliar (Bertrand Brasil)


Em 2008, 2.141 obras foram analisadas pela comissão julgadora do Prêmio Jabuti. Cada uma das 20 categorias é disputada por 10 finalistas, que foram definidos no dia 28 de agosto pelos votos de 60 jurados (três para cada categoria).
O prêmio para o primeiro lugar é de R$ 3 mil.Além das 20 categorias, há os prêmios especiais de Ficção e Não-Ficção, que só serão revelados na entrega do troféu, dia 31 de outubro.
Os vencedores dos prêmios especiais recebem R$ 30 mil cada um, totalizando R$ 120 mil em prêmios.
Fonte: UOL

segunda-feira, setembro 22, 2008

VITA BREVIS




VITA BREVIS

Autor: Jostein Gaarder

Você já leu? Comente! Opine!


Num desses momentos diários onde é possível conhecer, conversar, trocar idéias a respeito desse vício delicioso que é a literatura, conheci a história de mais uma mulher que sacrificou sua vida por amor. Embora pareça a princípio uma simples carta, o texto é de uma sinceridade desconcertante, ainda mais no tempo, não muito distante, onde as mulheres não tinham “voz”.
Um cliente, também apaixonado por livros, cujo interesse filosófico o fez ler o livro VITA BREVIS do JOSTEIN GAARDER, apresentou-me a vida de FLÓRIA EMILIA, uma mulher primeiro apaixonada, depois decepcionada, indignada e por último descrente da vida. Essa mulher de que falo, viveu doze anos como concubina do homem que foi venerado e aclamado Santo pela nossa imponente Igreja Católica. O “exemplo” cristão, padre, bispo e depois SANTO AGOSTINHO negou-a mesmo fazendo menção a ela em algumas passagens de suas Confissões comparando-a às paixões do mundo.
Como se isso não bastasse, ao filho que os dois tiveram ele chamou de fruto do pecado.Pra mim a carta impressiona pela força dessa mulher e a covardia desse homem idolatrado por fiéis no mundo todo. Isso nos mostra o poder dessa Instituição que elege para si o direito de decidir a vida dos que acreditam nela.




Patrícia_Mega Recife.

terça-feira, setembro 16, 2008

Neto revela 13h de gravações inéditas de Agatha Christie


SELINA MILLS e ROSIE WAITES da Rádio 4 da BBC


Treze horas de gravações inéditas feitas pela escritora britânica Agatha Christie, uma das mais famosas criadoras de histórias de mistério de todos os tempos, foram divulgadas nesta segunda-feira (15), quando ela faria aniversário. As gravações em áudio, feitas há 40 anos, foram descobertas pelo neto da escritora, Matthew Prichard, em uma caixa de papelão no sótão da antiga casa de Christie na cidade de Torquay, no oeste da Inglaterra. "Não imaginava que alguém pudesse ser ressuscitado dessa forma", disse Prichard à Rádio 4 da BBC, na Grã-Bretanha. "Ela tinha alguns trejeitos, como uma tosse curta no meio da frase, que eu tinha esquecido, mas de repente tudo isso voltou." As fitas contêm memórias da escritora e foram usadas como conteúdo para sua autobiografia, publicada postumamente em 1977. Agatha Christie nasceu em 1890 e morreu em 1976. Entre seus mais de 80 romances estão "O Caso dos Dez Negrinhos", "Assassinato no Expresso do Oriente" e "Morte no Nilo".

As gravações incluem muito mais detalhes sobre alguns aspectos da vida de Christie do que a autobiografia, trazendo, por exemplo, descrições sobre como era a vida na Grã-Bretanha durante a guerra, a lua-de-mel da escritora com o segundo marido e a razão pela qual ela nunca quis que seus lendários personagens Hercule Poirot e Miss Marple se encontrassem. Christie também oferece pistas sobre como veio a criar o personagem Miss Marple, uma detetive amadora, idosa e solteira, que aparece em 12 de suas histórias. "Miss Marple se insinuou tão silenciosamente em minha vida que eu quase não notei sua chegada", disse Christie. "Uma senhora solteirona vivendo em um vilarejo, um tipo de senhora de idade que seria parecida com as amigas da minha avó".Na hora de resolver os crimes, no entanto, Miss Marple é incrivelmente astuta. Christie admite que o personagem tinha uma coisa em comum com a avó: a inteligência. "Ela tinha isso em comum com minha avó: embora fosse uma pessoa muito positiva, sempre esperava o pior das pessoas e de tudo, e com uma precisão quase assustadora, normalmente acabava acertando".

O tom das gravações é relaxado e informal, uma raridade, já que a escritora não gostava de dar entrevistas, era tímida e não gostava da atenção da imprensa. Prichard disse que sua avó era tímida e jamais teria gravado seus pensamentos se houvesse alguém presente. Há poucos registros da voz da escritora. Entre eles, uma entrevista para a BBC em 1955 e uma outra para o arquivo sonoro do Imperial War Museum, em Londres. As fitas não esclarecem um dos mais misteriosos momentos da vida de Christie - seu desaparecimento durante 12 dias após ouvir do primeiro marido, Archie, que ele queria o divórcio. Hoje, a família supõe que a escritora teve uma crise nervosa. A reação que seu desaparecimento despertou na imprensa (que, na época, lançou uma caça nacional à escritora) ajuda a explicar por que Christie viria a se tornar cada vez mais reclusa.
Fonte: Uol

MORANGOS MOFADOS



Autor: Caio Fernando Abreu


Definitivamente eu amo o Caio. Ou melhor, eu sou a encarnação do Caio! Porque nunca vi nenhum escritor tocar fundo a minha alma como o Caio. Mas enfim, vim falar de uma das suas obras-primas [que são quase todos os seus livros] Morangos Mofados. Lançado em 1982, o livro de contos é dividido em 3 partes: O mofo, Os Morangos e Morangos Mofados, nos quais o autor fala com maestria dos problemas urbanos e das desilusões que marcaram toda uma geração da década de 70/80. Apesar de se referir à essa época, seus contos continuam extremamente atuais, pois quem hoje em dia não sofre com a rotina, o tédio, a solidão, o desespero e ainda assim, a esperança de dias melhores? Pois é isso e muito mais o que o Mestre Caio Fernando Abreu nos oferece em seu livro. Vai aí uma palhinha:"Será possível plantar morangos aqui? Ou se não aqui, procurar algum lugar em outro lugar? Frescos morangos vivos e vermelhos. Eu acho que sim. Que sim. Sim."





Milena_Mega Recife

sábado, setembro 13, 2008

Aos Usuários

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A LETRA ESCARLATE


Acabei de ler A Letra Escarlate do Nathaniel Hawthorne e para quem gosta de ler os "Clássicos" esse livro é uma excelente pedida. A história se passa na Nova Inglaterra [atual EUA] no período negro do puritanismo, na cidade de Salem, onde a adúltera Hester Prynne é condenada pelo seu pecado a usar pelo resto de sua vida uma letra A bordada de vermelho e ouro, na qual a sociedade poderá execrá-la publicamente.Sem cair no romantismo piegas, o autor norte-americano constrói um mundo de hipocrisia com personagens fortes que são capazes de suportar o mais vil dos sofrimentos em nome de suas convicções sentimentais e religiosas.O romance já foi adaptado para o cinema com o nome homônimo, tendo como personagens principais Demi Moore [Hester Prynne] e Gary Oldman [Reverendo Dimmesdale]. No entanto esta adaptação teve seu final modificado e a força dos personagens, tão explicita no livro, fica muito aquém no cinema.


Uma observação: o livro é bastante descritivo, então para quem não gosta de livros assim, provavelmente achará o romance tedioso.

Nota: 9
Milena_Mega Recife

quinta-feira, setembro 11, 2008

Blog Clube da Leitura Saraiva

NOTA: Esse não é um blog autorizado pela Livraria e Papelaria Saraiva S/A, e todas as opiniões expressas aqui são opiniões pessoais de quem as escreveu não expressando de forma alguma as da Livraria e Papelaria Saraiva S/A.

quarta-feira, setembro 10, 2008

Biografia !!!!



Amy Winehouse - Biografia

Autor: Chas Newkwy-Burden


Vamos com calma, a garota (ela vai fazer 25 anos esse mês) só tem 02 cd's! Que sem sombras de dúvidas são dois ótimos exemplos de qualidade musical, não resta dúvida, eu particularmente gosto mais de Back To Black. Bem, a Amy já ganhou uma biografia, não sei dizer se é autorizada, acho que uma hora dessas ela deve tá tão louca que nem sabe que já fizeram uma biografia dela. Aí eu pergunto: Já é hora de uma biografia? Acredito que não, mas como mercado é mercado, vamos vender, vamos ganhar dinheiro!! Essa biografia deve contar o início de sua carreira, sua infância, até aí tudo bem, mas deve vasculhar mesmo é a vida pessoal da Amy. Esta sim, deve ter muita coisa pra contar, cheia de altos e baixos, deve estar repleta de fatos que vão nos deixar estupefatos. Vai ser um prato cheio para aqueles que adoram ver o outro se acabando. Independente dessa biografia valer a pena ou não, a cantora Amy Winehouse já é um mito no cenário musical, com suas letras e canções que dão prazer em ouvir, com seu ar debochado de ser, isso é o que mais me encanta nessa artista. Vamos conferir esta biografia e ver no que vai dar.

Loyz_Mega Recife

sexta-feira, setembro 05, 2008

Balzac e a Costureirinha Chinesa



Você já leu? Comente.

Autor: Dai Sijie


Nunca se falou tanto da China como neste ano. E pudera? mas eu não tô aqui pra falar de olimpíadas, afinal melhor nem comentar... Vamos falar de Literatura e das boas! Acabei de dar o último suspiro com BALZAC E A COSTUREIRINHA CHINESA de Dai Sijie. Talvez vocês não participem da mesma opinião e isso é bom, assim poderemos discutí-lo. Mais tem uma coisa neste livro que o faz merecer certa atenção. Pra quem não domina o que foi a revolução cultural na China, este livro mostra o seu auge numa época em que as universidades foram fechadas, livros proibidos e os jovens "intelectuais" eram mandados para campos de "reeducação". E como se isso não bastasse, ele nos da uma lição de como a literatura pode mudar, salvar e da esperança a uma vida.


Patrícia Santos_Mega Recife


Diria que Daí Sijie soube mostrar com maestria em seu livro BALZAC E A COSTUREIRINHA CHINESA que mesmo diante das adversidades que a vida nos impõe, que a esperança é um sentimento que nunca devemos perder. A esperança de dias melhores, de um amor que nos faz cometer atos impensados, que por ele podemos sonhar e querer algo mais da vida. O amor se mostra como um ato de coragem, por um amor somos capazes de irmos além do que nos permitem, mesmo que seja à surdina, temendo o pior. O livro conta a história de dois jovens chineses que são mandados para um centro de “reeducação” e lá conhecem a mais bela de todas as moças da região, a tal costureirinha. Num período de repressão onde quase tudo era proibido, os dois jovens descobrem uma valise de couro repleta de livros “proibidos”, livros de Balzac, Dumas, Dostoievski, Baudelaire e tantos outros, nestes livros os jovens conhecem um mundo que não os pertence mas que pela força do pensamento se torna vivo. Decidem contar as histórias para uma bela camponesa que começa a sonhar com um mundo diferente do seu, é o poder da palavra, da literatura, das idéias que faz nascer pessoas diferentes seja para o bem ou para o mal.
O livro é poético e nos faz querer sempre mais, é uma história que não tem fim, que pena chega o momento de ler a última linha e ficamos com gostinho de “quero mais” aí cabe a nós, colocarmos nossa imaginação a pleno vapor para continuar essa bela história de sobrevivência. O que será que aconteceu com eles depois? Como a esperança e o amor são o que rege essa história, penso no melhor.
“... o primeiro dos quatro volumes de Jean-Cristophe. Como se trata da vida de um músico, e como também eu era capaz de tocar ao violino peças tais como Mozart pensa em Mao, desejei folheá-lo como quem flerta levianamente, tanto mais que havia sido traduzido por Fu Lei, o mesmo tradutor de Balzac. No entanto, assim que o abri, encantei-me. De costume preferia livros de contos que apresentam histórias bem amarradas, cheia de idéias brilhantes, às vezes engraçadas ou de tirar o fôlego; histórias que nos acompanham por toda a vida. Sempre desconfiei dos romances longos, com raras exceções. Mas Jean-Christophe, com aquele individualismo irredutível , sem nenhuma mesquinharia, foi uma revelação edificante. Sem ele, nunca teria conseguido compreender o esplendor e a amplitude do individualismo. Até aquele encontro roubado com Jean-Christophe, minha pobre cabeça educada e reeducada simplesmente ignorava que se pudesse lutar sozinho contra o mundo inteiro. O flerte se transformou em grande amor. Até mesmo a ênfase excessiva à qual o autor havia sucumbido não me parecia nociva à beleza da obra. Sentia-me literalmente devorado pelo fluxo poderoso de centenas de páginas. Para mim, era o livro sonhado: ao término da leitura, nem a maldita vida nem o maldito mundo poderiam ser como antes.” Nesse trecho Daí Sijie se refere a Romain Rolland escritor francês e sua obra Jean-Christophe.
Daí Sijie é um escritor chinês vindo de uma família de classe média e foi enviado a um campo de reeducação rural entre 1971 e 1974. Em 1984 ganhou uma bolsa de estudos na França. O livro é baseado em suas experiências no campo de trabalhos forçados.
Loyz_MegaRecife.

terça-feira, setembro 02, 2008

CRIANÇA 44


Você já leu?

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Autor: Tom Rob Smith


O livro narra a história de um agente policial da Rússia no período stalinista. O agente Liev é um respeitado oficial do estado e um herói de guerra, num período em que o estado mandava no destino de seus cidadãos e a fome era um grave problema, principalmente no inverno, não era novidade o sumiço de pequenos animais de estimação como: gatos e cachorros, certamente estariam na panela de algum vizinho. O livro é bem escrito e tem uma história bem interessante. É o primeiro livro do escritor Tom Rob Smith, foi elogiado pela crítica e já teve seus direitos comprados para o cinema, vai ser um bom filme de suspense e espionagem, isso se o diretor souber contar a história. O título Criança 44 de início nos faz pensar que toda a história se faz em cima de um único crime, o que não é! Na verdade são vários crimes que leva Liev a investigar esse crime em especial, um crime que para o Estado já está resolvido e enterrado. No entanto, fatos fazem com que o agente Liev comece uma investigação por conta própria colocando em risco sua vida e de sua família. A história tem momentos de tensão e adrenalina, algumas passagens são difíceis de se imaginar, não por ser inimaginável, mas por ter supostamente acontecido de verdade na vida de alguns cidadãos soviéticos. Como todo jovem a gente tem aquela imagem de revolucionário, de querer mudar o mundo, de lutar contra a exploração do proletariado, aquele ódio do capitalismo selvagem, mas até que ponto o socialismo ou o comunismo é melhor ou pior que o sistema capitalista? Criticamos a época da ditadura militar em nosso país, e temos que criticar mesmo! Ocorre que do outro lado, a extrema esquerda, cometia barbaridades tanto quanto nossos militares da extrema direita. O fato é que para civis, a vida não era nada fácil. Acredito que para os soviéticos era ainda mais complicado, segundo o autor, um dos jargões de Stalin seria “Confie e confira” ou seja, a desconfiança existia em todos os setores da sociedade russa. Imagina viver num lugar onde ninguém confia em ninguém? Pensar que o seu vizinho é um espião do governo infiltrado para descobrir ações anti-revolucionárias! Onde qualquer atitude suspeita o levaria para uma prisão, onde você seria torturado e obrigado a confessar coisas que você não fez!! Assim diz o autor, que se você fosse levado a uma prisão por algum motivo certamente você não sairia de lá, pois o Estado não admitia ter se enganado, O sistema era infalível! “O sistema não permitia divergências ou admissão de falhas. A suposta eficiência era muito mais importante do que a verdade.” ( Criança 44 – Tom Rob Smith. Pág.:206.)
Recomendo a leitura

Nota: 9

sexta-feira, agosto 29, 2008

50º Prêmio Jabuti

Saiu os indicados para o 50º Prêmio Jabuti.
A premiação ocorre dia 31 de outubro e é promovida pela Câmara Brasileira do Livro.

  • Melhor Livro de Romance
- "O Sol Se Põe Em São Paulo", de Bernardo de Carvalho, editora Cia. das Letras
- "Antonio", de Beatriz Bracher, editora 34
- "O Filho Eterno", de Cristovão Tezza, editora Record
- "Rakushisha", de Adriana Lisboa, editora Rocco
- "Era No Tempo do Rei", de Ruy Castro, editora Objetiva
- "As Flores do Jardim da Nossa Casa", de Marco Lacerda, editora Terceiro Nome
- "A Chave de Casa", de Tatiana Salem Levy, editora Record
- "A Muralha de Adriano", de Menalton Braff, editora Bertrand Brasil
- "Longe de Ramiro", de Chico Mattoso, editora 34
- "Contramão", de Henrique Schneider, editora Bertrand Brasil

  • Melhor Biografia
- "D. Pedro II", José Murilo de Carvalho, editora Cia. das Letras
- "Oscarito", de Flávio Marinho, editora Record
- "Grande Otelo: Uma Biografia", de Sérgrio Cabral, editora 34
- "Rubem Braga: Um Cigano Fazendeiro do Ar", de Marco Antonio de Carvalho, editora Globo
- "Joaquim Nabuco", de Ângela Alonso, editora Cia. das Letras
- "Vale Tudo - O Som e a Fúria de Tim Mai", de Nelson Motta, editora Objetiva
- "O Texto ou a Vida", de Moacyr Jaime Scliar, editora Bertrand Brasil
- "Raul Cortez: Sem Medo de se Expor", de Nydia Licia, editora Imprensa Oficial do Estado
- "Maysa: Só Numa Muldidão de Amores", editora Globo
- "Alfredo Mesquita - Um Grã-Fino na Contramão", de Marta Góes, editora Terceiro Nome


Veja todas as categorias: http://www.premiojabuti.com.br/BR/resultadofase1.php

quinta-feira, agosto 21, 2008

A IDADE DA RAZÃO



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Autor: Jean-Paul Sartre

Recentemente li o livro A Idade da Razão de Jean-Paul Sartre, o livro é o primeiro de uma trilogia, seguido por Sursis e Com a Morte na Alma. Sartre foi um importante filósofo existencialista francês. Segundo ele, as nossas idéias são produtos de experiências da vida real, a existência precede a essência, e o homem é livre para projetar a própria vida. No livro a Idade da Razão, o personagem principal é um professor de filosofia chamado Mathieu Dalarue, um homem que preza por sua liberdade e não abre mão dela. Um fato abala a vida de Delarue, sua amante Marcele, com quem ele vive um relacionamento há vários anos, o informa que está grávida. A partir deste fato, a vida do professor toma um rumo diferente. Diante disso, ele vê sua tão prezada liberdade ameaçada. Casamento é um ato que tolheria completamente sua liberdade e ele se vê numa situação desesperada quando decide fazer um aborto. A historia narra a corrida de um homem em busca de meios para pagar o tal aborto. Como se trata se um livro escrito por um filósofo não poderia deixar de existir a crise existencial, um homem na faixa de seus trinta e poucos anos com seus sonhos que não foram realizados, suas dúvidas, seus amores, sua profissão, sua ética em prova. O livro narra a vida de um homem que se diz livre mas que está preso a convicções pequeno-burguesas onde sua suposta liberdade não passa de uma ilusão. O livro mostra a incapacidade humana de ser verdadeiramente livre. O homem está preso a idéias pré-estabelecidas pela sociedade, tornando-o assim incapaz de gozar de um sentimento de liberdade plena.Sartre nos faz pensar sobre até que ponto chegamos para alcançar a liberdade, nos tornando às vezes pessoas individualistas e arrogantes em busca de um sentimento tão caro a todos nós. A liberdade almejada por nós existe, mas com suas limitações.
“Aos fodidos , a vida ainda outorga inúmeros pequenos prazeres, é mesmo para esses sujeitos que ela reserva boa parte de suas graças efêmeras, com a condição de que gozem modestamente.” (A idade da Razão – Jean-Paul Sartre. Pág.: 294)
Loyz_Mega Recife

O Último Catão



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Autora: Matilde Asensi

Acabei de ler O Último Catão da Matilde Asensi [autora espanhola] e deixo recomendado para o público que curtiu temáticas como o código da vinci. O livro gira em torno da freira paleontóloga Ottávia, que é designada a investigar um misterioso assassinato ocorrido na Grécia. Perpicaz e curiosa, Ottavia se envolve, juntamente com Farag [um arqueologo egípcio] e Kaspar [capitão da guarda suíça do vaticano], em uma série de aventuras que vai levá-los a descobrir um mistério escondido no texto do Purgatório de Dante e ao perigo eminente na forma de uma antiga sociedade secreta.

de O a 10: nota 7

Milena - Mega Recife

A linhagem dos Catões sempre foi responsável pela guarda da Cruz Verdadeira, aquela na qual Jesus foi crucificado. Porém, ao longo do tempo, os pedaços da cruz passaram a ser mantidos como relíquias nas igrejas do mundo inteiro. Até que começaram a desaparecer...Para investigar o caso, o Vaticano organiza um grupo secreto. Mas a solução do mistério torna-se um verdadeiro quebra-cabeça. De um lado, uma irmandade obscura, de outro, os versos de "A Divina Comédia", de Dante Alighieri.Com uma alta dose de aventura e suspense, "O Último Catão" é uma alucinante viagem pela história e pelos segredos mais bem guardados do cristianismo.

Fonte: Sinopse Saraiva.Com

Desonra



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Autor: J. M. Coetzee


Foi com o mesmo sentimento revirado causado por “Carta a meu pai” de Kafka, por “Crime e Castigo” de Dostoievski, por “O pai Goriot! de Balzac e tantos outros, graças a Santa Literatura! Que me vi novamente rendida por um autor cujas idéias cruas e palavras secas me fizeram reviver o sentimento de que a África vive em cada pedacinho de lugar. A África é o mundo que vivemos. São as leis que as nossas necessidades mais primitivas sentenciam. O livro “Desonra” do Sul-Africano J. M. Coetzee é o absurdo da nossa condição humana. O professor de literatura retratado no livro expõe as viradas bruscas que a sua vida organizada meticulosamente sofre e o desespero de no fundo ser só mais um, incapaz de mudar as coisas e longe de exercitar a palavra esperança.

Patrícia Santos_Mega Recife

sábado, agosto 16, 2008

50 anos!!!




A sempre polêmica Madonna, completa hoje (16 de agosto) seus 50 anos! Sempre polêmica, hoje em dia nem tanto, começa esse mês sua nova turnê mundial. E chega às livrarias uma nova biografia da rainha do pop "Madonna 50 anos" de Lucy O'Brien.
Eita! Está confirmado!!! Shows da Madonna no Brasil.
14 de dezembro no Rio de Janeiro.
15 de dezembro no Rio de Janeiro.
18, 20 e 21 de dezembro em São Paulo.

Faleceu Dorival Caymmi


O cantor e compositor baiano Dorival Caymmi morreu neste sábado aos 94 anos, por volta das 6h, em sua casa no Rio de Janeiro, confirmaram familiares do músico à Folha Online. As causas foram insuficiência renal e falência múltipla dos órgãos.

Nascido em Salvador em 30 de abril de 1914, Caymmi mudou-se para o Rio no final dos anos 30, mas nunca deixou de retratar a Bahia em seu trabalho.
Escreveu mais de cem composições. Entre seus sucessos estão "O que É que a Baiana Tem?", imortalizada na voz de Carmen Miranda, "Maracangalha", "Promessa de Pescador", "Saudade de Itapoã", "Rosa Morena".
Dorival Caymmi gravou cerca de 20 discos em 60 anos de carreira, tendo suas composições gravadas por dezenas de intérpretes com variadas versões.
Antes de conhecer o sucesso e virar cantor de rádio no Rio, Caymmi trabalhou como jornalista em Salvador. Foi na Rádio Nacional que conheceu a cantora Stella Maris, que em 1940 se tornou sua mulher. Com ele teve três filhos, todos também cantores: Dori Caymmi, Danilo Caymmi e Nana Caymmi.


Fonte: Folha Online

sexta-feira, agosto 15, 2008

DVD

Este espaço é pra você comentar, indicar e criticar os melhores e piores DVD's que você já viu! Quais os lançamentos? O que vale a pena ver?

O Mago


Você já leu? Comente.
Autor: Fernando Morais

Memórias do Livro


Você já leu? Comente
Autora: Geraldine Brooks

quinta-feira, agosto 14, 2008

O que você está escutando?

Comente aqui o que você está escutando!

O que você está lendo?

Comente aqui o que você está lendo. O que você indica? O que vale a pena ler? Não devemos perder nosso tempo com qual livro? Faça resenhas, critícas e análises dos livros, sinta-se livre para opinar e dar sugestões!

Capital Inicial Multishow Ao Vivo


Você já ouviu? Comente.

Artista: Capital Inicial

Crepúsculo


Você já leu? Comente.
Autora: Meyer, Stephenie

O Blog!!!



Blog criado para a divulgação de livros, sejam eles bons ou não para aprimorar nosso conhecimento em literatura. Este blog tem por finalidade orientar a todos os colaboradores da Livraria Saraiva de todo o Brasil e para aqueles que amam livros!! Vale também a divulgação de cultura em geral, incluindo lançamentos de CD'S e DVD'S, shows, textos e tudo que enriqueça nosso nível cultural nas diversas áreas.