segunda-feira, outubro 20, 2008

E-readers, vão substituir os livros?


O nome é Feira do Livro ("Frankfurter Buchmesse"), mas o maior evento editorial do planeta este ano deu amplo destaque àqueles que podem se tornar os algozes das páginas impressas entre duas capas: os "e-readers".

Leves e com capacidade para armazenar centenas ou milhares de livros, os aparelhos prometem tornar um formato relativamente antigo e impopular, o "e-book" (um é o conteúdo, outro é o aparelho), no novo padrão para o lançamento de textos longos.

Leia mais no link abaixo.

O AFRICANO


Autor: Jean-Marie Gustave Le Clézio.


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Este é um dos livros do novo vencedor do Nobel de literatura deste ano, o escritor francês, Le Clézio. O escritor, é o 14º autor da França premiado pelo Nobel. A premiação do francês Le Clézio confirma a recente tendência de euro-centrismo da Academia Sueca quanto ao Nobel de Literatura. Dos últimos 15 vencedores, 12 são europeus. As exceções foram o sul-africano J. M. Coetzee, premiado em 2003, e o turco Orham Pamuk, que venceu em 2006, ambos escritores com fortes laços com a Europa. O Nobel de Literatura só foi dado a quatro americanos: Toni Morrison, (1993) Saul Bellow (1976), John Steinbeck (1962) e Hemingway (1954).
Sobre o livro: "Com um olhar ao mesmo tempo terno e duro do passado, Le Clézio tenta capturar a enigmática figura do pai através das lembranças de uma infância ao mesmo tempo cheia de deslumbramentos, libertações e dureza.Em 1948, o autor, ainda menino, vai com sua família para a África, onde o pai era médico. Este reencontro gera um sentimento de estranheza, medo e fascínio. A narrativa vertiginosa acompanha a juventude do pai, os primeiros anos de casados dos pais na África, os anos 60 e as múltiplas tragédias do continente africano. A edição é ilustrada com fotos do acervo pessoal do escritor, reforçando figuras fundamentais de sua memória afetiva." Fonte: Sinopse Saraiva.com

quinta-feira, outubro 16, 2008

E-mail Clube da Leitura Saraiva

Através desse e-mail você pode enviar suas resenhas, críticas, análises e sugestões. Envie uma resenha de qualquer livro para ser publicada aqui no blog! Vale também críticas sobre cd's e dvd's, envio de textos e tudo que esteja relacionado a cultura.

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quarta-feira, outubro 15, 2008

Lançamento na Saraiva Mega Store Recife




27/10, segunda feira, 19h


Lançamento do livro Laowai, Histórias de uma Repórter Brasileira na China, da jornalista Sônia Bridi - Editora Letras Brasileiras.


Misto de reportagem e diário de viagem, Laowai narra a permanência do casal Sônia Bridi e Paulo Zero na China entre 2005 e 2006. O grande choque cultural e as experiências da jornalista narrados com olhar perspicaz de repórter e viajante experiente sob uma perspectiva feminina, o que dá ao relato um sabor especialíssimo!
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SARAIVA MEGA STORE SHOPPING RECIFE
Endereço:Rua Padre Carapuceiro 777 - Boa Viagem - Piso Padre Carapuceiro Recife - PE
Tel: (81) 3464-9393 / (81) 3464-9399

sábado, outubro 11, 2008

CLUBE DA LEITURA SARAIVA

NOTA: Esse não é um blog autorizado pela Livraria e Papelaria Saraiva S/A, e todas as opiniões expressas aqui são opiniões pessoais de quem as escreveu não expressando de forma alguma as da Livraria e Papelaria Saraiva S/A.

quinta-feira, outubro 09, 2008

O CRIME DO PADRE AMARO


O Crime do Padre Amaro

Eça de Queirós


Por: Remisson Aniceto


Qual o crime cometido pelo jovem padre Amaro? O de ter se apaixonado pela bela Amélia? E se o crime tem uma agravante, qual a pena a ser-lhe aplicada por tê-la engravidado?

Eis um livro que deve ser lido com muita atenção, pacientemente, para o leitor não perder detalhes de como o autor retrata a hipocrisia e a promiscuidade da sociedade portuguesa na segunda metade do século XIX, especialmente dos representantes da igreja católica.

Para instigar a curiosidade dos futuros leitores, vale ressaltar algumas passagens do romance, como a cena da refeição dos padres à mesa da S. Joaneira, discutindo banalidades e a vida alheia, as qualidades e defeitos dos homens e das mulheres, a vida dos pobres("azar o deles") e os "arranjos" para conseguir dinheiro com os políticos.

Amélia, diante da impossibilidade de se casar com seu querido Amaroe para não "cair na boca do povo", é convencida a se preparar para contrair núpcias com o escrevente João Eduardo. João Eduardo que, num horrível sonho de Amaro, adquire as feições do Diabo, impedindo o padre de continuar com sua amada Amélia o caminho para o Céu. E Amaro também vai se enredando cada vez mais numa teia de mentiras para manter as aparências, chegando ao absurdo de desejar que o filho nasça morto.

Há trechos maravilhosos como o seguinte: "Diante de Nosso Senhor, o verdadeiro marido de Amélia era o senhor pároco; era o marido da alma, para quem seriam guardados os melhores beijos, a obediência íntima, a vontade; o outro teria quando muito o cadáver..."Ou ainda quando o severo Dr. Gouveia, descobrindo por fim o estado de Amélia, diz: "Eu bem tinha dito a tua mãe que te casasse!" e, resignado, complementa: "A natureza manda conceber, não manda casar.O casamento é uma fórmula administrativa..."Não consumado o casamento por desistência do escrevente, tenta-se deseperadamente conseguir outro noivo antes que Amélia dê à luz ao fruto proibido.

Fosse eu enumerar todas as partes maravilhosas deste livro e o reescreveria por completo. Fica, assim, a indicação da leitura de um dos grandes romances de Eça de Queirós, um verdadeiro documento humano e social da sociedade portuguesa de então: O Crime do Padre Amaro.

quarta-feira, outubro 08, 2008

O DESPENHADEIRO



O DESPENHADEIRO
Autor: Fernando Vallejo.


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Quando peguei esse livro para ler não pensava que ele fosse me provocar o que me provocou: medo! Isso mesmo, medo! Como sou cristão, o livro me despertou um certo temor. No entanto deixei de lado meus pensamentos pré-estabelecidos para viajar numa leitura que eu diria que é de primeira. Logo no início do livro me espantei com as palavras de Vallejo. “ Que Deus! Que pátria! Imbecis! Deus não existe, e, se existe, é um porco e a Colômbia, um matadouro.” Por aí você tem uma idéia do que vai encontrar nas próximas páginas. Um autor: irônico, debochado, sarcástico, cruel, preconceituoso e arrogante! Mas tudo isso se deve a uma visão clara e crítica da vida. A vida não é fácil, e sabemos o quanto é difícil expressarmos o que realmente sentimos, por medo de magoarmos as pessoas ou atiçar as instituições. Vallejo parece que não tem medo de nada, e fala o que pensa sem nenhum pudor, você gostando ou não ele vai falar e parece que não está nem aí para o que você vai achar dele.
Se o Index da Igreja Católica ainda existisse, esse livro certamente estaria entre os 10 mais! Dez mais hereges, satânicos e proibidos de toda a literatura universal! Em O Despenhadeiro, Fernando Vallejo despeja com fúria, sua ira contra as instituições da sociedade, não escapando quase nada. Retrata uma família burguesa destroçada, uma sociedade violenta, uma politica mesquinha e corrupta, e claro, a Santa Igreja Católica Apostolica Romana. Quando retrata a política colombiana, chego a pensar que ele está falando sobre nossa política. Nada escapa! Ele trata sua mãe como “a louca” seu irmão mais novo como “o grande cretino” ou “aborto da natureza” e o Papa João Paulo II como “Joana Paula Segunda a travesti” (Será que a Igreja vai mandar fechar esse blog??!! DEUS nos livre!)
A história é a seguinte: Ele volta à Colômbia para visitar o irmão Darío, que está morrendo de AIDS, deste ponto ele parte para suas lembranças do passado, sua infância suas aventuras junto com o irmão e sempre fazendo uma ponte com o presente. E entre essas lembranças ele começa a falar de tudo: de drogas, sexo, família, política, religião, da vida! Da real vida que vemos dia a dia. O livro é autobiográfico.
Segundo palavras de Pedro Almodóvar (outro polêmico): “Sua ira explosiva é tão brilhante, tão sonora, real, sincera, às vezes divertida, quase sempre cruel, que sua leitura é algo prazeroso e estimulante.”
“O Despenhadeiro nos mostra Vallejo em seu auge criativo. Seu estilo único surpreendente desde as primeiras páginas, seja pela franqueza com que fala da família, pelas descrições de uma violenta Medellín ou pela ironia com que trata tudo, da religião católica aos hábitos mais comuns da sociedade. É um livro impressionante, de um dos autores mais originais de sua geração.”
“O Despenhadeiro é um impressionante relato do desmoronamento de uma família em meio a um país em transformação.”
Transcreverei aqui um trecho que me deixou engasgado, devido a suas palavras ásperas e crueis. Nesse trecho ele está comentando sobre seu irmão e sua nora que tem um canil com quinhentos cachorros e duzentos gatos!
“ Para mim os cachorros são a luz da vida, e, aos que perguntam maliciosamente ao meu irmão e à Norita por que em vez disso eles não tiram das ruas crianças abandonadas, respondo assim, com as seguintes palavras textuais e delicadas:
-Quantas vocês tiraram, cristãos bondosos, alminhas caridosas, filhos de uma grande puta? Se são vocês mesmos que as geram e as parem e as jogam depois na rua!
E consequentemente comigo e com meu rigor dialético, reparto entre os acima referidos camisinhas envenenadas, e entre seus filhinhos abandonados barras de chocolate idem, para que esses fi-de-putinhas não cresçam e não nos venham a matar. Em toda criança há um homem em potencial, um ser perverso. O homem nasce ruim e a sociedade o piora. Por amor à natureza, pelo equilíbrio ecológico, pela salvação dos vastos mares, é preciso acabar com essa praga.
Ah, já ia esquecendo: enquanto Aníbal e Nora limpam dia e noite a merda de quinhentos cachorros e duzentos gatos e suportam sozinhos, sem ajuda de ninguém, uma imensa carga de dor, Joana Paula Segunda, a travesti, dorme muito bem, come bem, trepa bem, e assim, com a consciência tranquila, bem dormida, bem comida, bem trepada, em meio a uma nuvem de anjinhos com duas asas, esta besta vai impune rumo ao céu do Todo-poderoso. Ali Agca, seu fi-da-puta, por que não acertou a pontaria?”
Mesmo assim, com todas essas palavras, é um livro excepcional! Acredito que são poucos os autores que falam desse e de outros temas com tanta segurança e sem pestanejar e temer com a opinão dos outros.
Fernando Vallejo é colombiano, mas vive no México. Escreveu O Despenhadeiro em 2001 e ganhou o prêmio Rómulo Gallegos de 2003.




LoyzCarlo_MegaRecife.

sábado, outubro 04, 2008

PEQUENAS EPIFANIAS

O BEIJO DO VAMPIRO

Estacas! Alhos! E bugalhos! Chega as livrarias o maior fenômeno de vendas adolescente depois de Harry Potter, Rebeldes, High School Musical, Chispita, Chaves, Meg Cabot, Nora Roberts... ops! A Nora é da outra geração, mas enfim ... a saga Twiling. Como segundo livro da série, Lua Nova, a autora Stephenie Meyer se consagra como uma das mais cativantes escritoras do momento. Mas o que tem de tão interessante em Crepúsculo, exceto o fato de que a autora é uma mórmon que escreve aventuras juvenis? Um vampiro, oras! Isso mesmo um vampiro moderninho, lindinho, cheirosinho, bonzinho e tudo inho ... aí já viu né ? Mas vamos falar de realmente quem interessa: seu papai e sua mamãe Rice.
Tudo começou em 26 de maio de 1897, quando o escritor irlandês Bram Stocker resolveu dar vida literária à lenda vampiresca de Vlad Tepes, conde romeno que lutou na guerra turca, teve a noiva assassinada, renegou a Deus e por isso tornou-se o primeiro vampiro errante a vagar pela terra. Stocker se inspirou nos conhecidos e “reais” príncipes Vlademir II e Vlademir III, mais conhecidos como Vlad Dracul e Vlad Draculea (vem daí o termo “Drácula”) que governaram a Romênia no século XV e se tornaram mundialmente conhecidos devido à barbaridade e crueldade com que conduziram seu reinado. Até hoje na Transilvânia, aldeões supersticiosos dizem escutar os gritos das vítimas de Vlad III, que adorava comer enquanto seus inimigos eram empalados.
Como toda boa mãe, Anne Rice “humanizou” a figura do vampiro, dotando-os de beleza, sedução, qualidades, paixões, defeitos e até um certo “fardo” por ser imortal. Lestat de Lioncourt, seu vampiro mais conhecido e personagem principal de várias crônicas vampirescas, é um misto de galã medieval francês (sim o personagem é francês de Auvergne) como David Beckham (loiro e de boa aparência) . Filosofo e meio homossexual (ele afirma ter “medo” das mulheres). Lestat enfrenta séculos de aventuras lutando contra vampiros inimigos, tendo amantes (homens!) e por fim se tornando um metrossexual líder de uma banda de rock, no livro A Rainha dos Condenados.
Filhinha Meyer é apenas uma, das inúmeras escritoras que bebem e ainda beberão na enigmática e misteriosa fonte vampiresca, que além de ser bem rentável (adaptações para cinema,musicais, peças teatrais, etc.) atrai uma espécie de leitor fiel e apaixonado, capaz de seguir séries intermináveis por anos a fio. E que venha o Eclipse, o Breaking Down e o Midnight Sun.
Milena_MegaRecife.