sábado, outubro 04, 2008

PEQUENAS EPIFANIAS

O BEIJO DO VAMPIRO

Estacas! Alhos! E bugalhos! Chega as livrarias o maior fenômeno de vendas adolescente depois de Harry Potter, Rebeldes, High School Musical, Chispita, Chaves, Meg Cabot, Nora Roberts... ops! A Nora é da outra geração, mas enfim ... a saga Twiling. Como segundo livro da série, Lua Nova, a autora Stephenie Meyer se consagra como uma das mais cativantes escritoras do momento. Mas o que tem de tão interessante em Crepúsculo, exceto o fato de que a autora é uma mórmon que escreve aventuras juvenis? Um vampiro, oras! Isso mesmo um vampiro moderninho, lindinho, cheirosinho, bonzinho e tudo inho ... aí já viu né ? Mas vamos falar de realmente quem interessa: seu papai e sua mamãe Rice.
Tudo começou em 26 de maio de 1897, quando o escritor irlandês Bram Stocker resolveu dar vida literária à lenda vampiresca de Vlad Tepes, conde romeno que lutou na guerra turca, teve a noiva assassinada, renegou a Deus e por isso tornou-se o primeiro vampiro errante a vagar pela terra. Stocker se inspirou nos conhecidos e “reais” príncipes Vlademir II e Vlademir III, mais conhecidos como Vlad Dracul e Vlad Draculea (vem daí o termo “Drácula”) que governaram a Romênia no século XV e se tornaram mundialmente conhecidos devido à barbaridade e crueldade com que conduziram seu reinado. Até hoje na Transilvânia, aldeões supersticiosos dizem escutar os gritos das vítimas de Vlad III, que adorava comer enquanto seus inimigos eram empalados.
Como toda boa mãe, Anne Rice “humanizou” a figura do vampiro, dotando-os de beleza, sedução, qualidades, paixões, defeitos e até um certo “fardo” por ser imortal. Lestat de Lioncourt, seu vampiro mais conhecido e personagem principal de várias crônicas vampirescas, é um misto de galã medieval francês (sim o personagem é francês de Auvergne) como David Beckham (loiro e de boa aparência) . Filosofo e meio homossexual (ele afirma ter “medo” das mulheres). Lestat enfrenta séculos de aventuras lutando contra vampiros inimigos, tendo amantes (homens!) e por fim se tornando um metrossexual líder de uma banda de rock, no livro A Rainha dos Condenados.
Filhinha Meyer é apenas uma, das inúmeras escritoras que bebem e ainda beberão na enigmática e misteriosa fonte vampiresca, que além de ser bem rentável (adaptações para cinema,musicais, peças teatrais, etc.) atrai uma espécie de leitor fiel e apaixonado, capaz de seguir séries intermináveis por anos a fio. E que venha o Eclipse, o Breaking Down e o Midnight Sun.
Milena_MegaRecife.

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